O Branded Content, ou Conteúdo de Marca, é a bola da vez no Marketing e na Propaganda! Afinal, como diz o conceito, quem não quer “ATRAIR e RETER consumidores criando e oferecendo CONTEÚDO RELEVANTE e de VALOR para o consumidor com o objetivo de ENTRETER ao mesmo tempo em que se MUDA ou se REFORÇA seus hábitos de consumo!”?
Na era em que o comercial virou o sem-teto do mundo audiovisual (veja post anterior (https://manualdovideo.com.br/comerciais-os-sem-teto-do-mundo-audiovisual/ ) e onde “Pular Anúncio” é o botão que causa pânico nos anunciantes, o Branded Content virou a tábua de salvação, a ilha perfeita para quem quer continuar a influenciar consumidores e garantir o share da sua marca.
Mas o Branded Content não é nenhuma novidade: em 1900 a Michelin já lançava o Guia Michelin com dicas de manutenção do carro e os melhores hotéis e restaurantes, num esforço pioneiro de ser relevante para o consumidor não apenas por seus produtos, mas também por entender que seu negócio não era vender pneus, mas oferecer às pessoas uma maneira de ir mais longe!
Muitas outras empresas têm este tipo de visão, e sabem que hoje, em meio a milhares de informações diárias, onde menos de 10% são realmente importantes para você, é preciso criar conteúdo que faça a diferença e, subconscientemente, fazer com que sua visão sobre a marca (e a possibilidade de consumir seus produtos) seja favorável.
Alguns exemplos de quem faz isso bem hoje:
– Two Bellmen. Em 2015 a rede internacional Marriott de hotéis e resorts, impactada com a concorrência de novos players como Airbnb e Hostels ao redor do mundo, investiu pesado em criar um estúdio de produção de conteúdo audiovisual e desenvolveu a Websérie “Two Bellmen”, um média-metragem de ficção sobre dois carregadores de malas de um de seus hotéis em Los Angeles que desvendam um assalto nas dependências do hotel. Aventura, humor e, de fundo, a experiência inebriante de ficar em um hotel da rede Marriott. Veiculado em seus hotéis, e também no Youtube e nas redes sociais, a série fez muito sucesso e, milhões de visualizações depois, já está na sua 3ª temporada.
– Design Hoje: no Brasil, temos o exemplo da Gafisa, empresa do ramo imobiliário, que produz a Websérie “Design Hoje” que visa discutir o design brasileiro atualmente, e não só isso, mas também a ocupação do espaço urbano e soluções inusitadas. Veiculada nos cinemas, na abertura da programação, e também no Youtube e nas redes sociais, é uma iniciativa pioneira e relevante para quem vive nas grandes cidades hoje. Mas nada de vender imóveis, certo? Errado! Quando você pensar “imóvel”, vai pensar “Gafisa”, porque o conteúdo foi relevante para você!
– No cinema, um filme inteiro foi feito recentemente como um grande Branded Content: Os Estagiários (The Internship, 2013) com Vince Vaughn e Owen Wilson, uma comédia onde dois trintões arrumam um estágio no Google e fazem o lugar parecer ainda mais o “The coolest place to work”!
Para quem produz vídeo e quer fazer Branded Content para seus clientes, é importante considerar alguns pontos:
– O que a empresa faz, e o problema de conversão de clientes que ela tenta resolver, são o ponto de partida para a concepção do conteúdo, MAS NÃO O CONTEÚDO EM SI. Ninguém quer ouvir falar das soluções que a empresa oferece, nem do que ela tem para vender. O público quer ação, drama, enfim… Story!
(ver post https://manualdovideo.com.br/story-line/ )
– Pense no visual da marca: cores, logo, ambientes, memória afetiva relacionada. Isso é uma base importante para a criação da iluminação e cenografia do vídeo. Não que você vá distribuir logomarcas da empresa no fundo do seu vídeo (pode ter o efeito contrário e, de tão over, matar o conteúdo), mas considerar o que pode criar um clima indelével, que só e apenas subconscientemente ajude a instalar a marca no Share of Mind do público.
– Seja objetivo: uma história longa, ou complicada demais, pode prejudicar a intenção do vídeo. Pense que, hoje em dia, as pessoas recebem quantidades imensas de informações visuais, e tendem a selecionar o mais agradável, mais simples e… o mais objetivo! Use com eficiência as três bases de um bom filme: Introdução (Do que vamos falar, quem vai falar, gancho da história); Desenvolvimento (Como resolvemos, ação que se desenrola a partir do gancho); e Resolução (Quem vence, como resolvemos o gancho do início).
– Lembre que o vídeo não é o único suporte do Branded Content. O vídeo que você vai produzir precisa estar integrado com todas as outras ações realizadas pelo Marketing de Conteúdo da empresa e, se possível, provocar a interatividade do público, através de pequenos lembretes dentro ou ao final do conteúdo!
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